Na sexta-feira, 29/04/2011, o evento Uma Noite na Taverna esteve presente no 1º Festival Fluminense de Poesia - FLUP, representado pelos poetas tavernistas Rodrigo Santos, Romulo Narducci, Pakkatto, Wenceslau Teodoro Coral, Janaína da Cunha, Rodrigo Vieira e Hannar Lorien. O evento fez parte de duas apresentações, uma a tarde no Museu Casa de Casimiro de Abreu, no recital organizado pelo poeta Gentil, onde os tavernistas homenagearam dois grandes poetas fluminenses, o niteroiense César de Araújo e o petropolitano Raul de Leoni. À noite os tavernistas participaram do Viradão Poético ao lado dos eventos Um Brinde à Poesia e Corujão da Poesia.
O evento que foi organizado pelo editor Luiz Erthal, da editora niteroiense Nitpress, foi uma das novidades do II Epocabreu - II Encontro de Poetas em Casimiro de Abreu, e teve sua abertura às 10 horas da manhã no Cemitério de Barra de São João com colocação de flores no túmulo do poeta Casimiro de Abreu. Durante o dia aconteceram diversas palestras literárias, apresentações artísticas circenses, recital de poesia, shows de MPB e para encerrar o Viradão de Poesia.
Estava marcado às 08:00 horas para que o ônibus partisse com os poetas de frente da livraria Ideal, local conhecido e respeitado por ser encontro de poetas e escritores organizado pelo Sr. Mônaco há vários resistentes anos. Nós tavernistas, afoitos por natureza, fomos os primeiros a chegar, já estávamos no local por volta das 07:30 horas. Depois os outros grupos foram chegando, com excessão do pessoal do Corujão, que segundo informações, iriam mais tarde para o evento.
Um pequeno atraso do ônibus, mas nada que tirasse nosso ânimo - pois sabíamos o quanto esse evento seria importante para o grupo, até no intuito de fortalecer ainda mais a idéia de um movimento artrístico -, quando menos percebemos já estávamos na estrada rumo a Barra de São João, rumo ao 1º Festival Fluminense de Poesia.
À frente: Wenceslau Teodoro Coral, Janaína da Cunha e Romulo Narducci. Atrás: Rodrigo Vieira, Pakkatto e Rodrigo Santos.
No caminho parecíamos colegiais em uma excursão de colégio. E por que não o recital começar ali mesmo no ônibus? Aproveitamos e passamos alguns textos e com isso alguns registros em vídeo foram feitos.A amiga e poeta Lucília Dowslley, do evento Um Brinde à Poesia, não resistiu à farra tavernista e correu para o fundo do ônibus para engrossar o coro dos poetas hiperativos. A viagem seguiu seu curso normal com o poeta Rodrigo Vieira querendo dormir sem conseguir sucesso em sua missão, Janaína da Cunha e Rodrigo Santos na súplica por uma cerveja gelada (eu obviamente reforcei o time), daí tiveram cantorias, recitais, piadas e boas risadas entre velhos e novos amigos.
Desembarcamos meio moídos, apesar da curta distância, mais ou menos umas 2 horas de viagem, muitos de nós havíamos dormido poucas horas de sono. Mas o visual e a beleza da praça de Casimiro de Abreu foi algo renovador.
Chegamos e fomos assinar o livro de presença no Museu Casa de Casimiro de Abreu. Estava previsto para acontecer a primeira atividade do dia, uma mesa redonda onde seria discutido a presença da poesia fluminense na poesia brasileira - Romantismo, Simbolismo e Parnasianismo.
Com a programação na mão, enquanto o evento não começava, aproveitamos para conhecer o museu e suas dependências.
Paralelamente aos eventos literários vespertinos, aconteciam diversas manifestações artísticas na localidade. Artistas circenses, atores bonequeiros e grupos de chorinho se apresentavam na praça abrilhantando ainda mais o evento.
Resolvemos todos conhecer o que seria o quintal do poeta Casimiro de Abreu. Foram momentos marcantes. Muitos registros foram feitos, esse momento serviu também para integrar um pouco mais os grupos de poetas de duas gerações distintas.
O bardo Rodrigo Santos desfilou orgulhoso com a flâmula tavernista na terra de Casimiro.
Era o início de uma festa. Todos não continham a empolgação de estar fazendo parte daquilo que poderíamos considerar como uma importante missão em nome do Tavernismo. O Uma Noite na Taverna era o único evento gonçalense a se apresentar no festival.
Não poderíamos deixar de posar ao lado da estátua do poeta. Nos reunimos a representantes de Um Brinde à Poesia e do grupo Mônaco, para uma foto clássica ao lado da estátua em bronze de Casimiro de Abreu.
E cometemos, sim, um pecado capital ao não assistirmos ao primeiro evento do dia, que seria a mesa redonda. Aquela cerveja comentada desde o meio da viagem tomou conta de nossos devaneios e desejos mais profundos. Tavernistas que somos, procuramos o primeiro bar pela frente e encontramos o mais que perfeito. Atire a primeira pedra quem não tem sede!
Para um grupo, movimento ou Cia, a integração que se forma em pequenos atos como a clássica conversa de botequim é de suma importãncia para o fortalecimento das relações entre os seus membros.
Enquanto isso, Rodrigo Santos, Janaína da Cunha e eu, nos intervalos musicais, conversávamos sobre a importância da arte nova em nosso meio social, sob o olhar atento do gigante poeta Wenceslau Teodoro Coral, que vez ou outra exprimia sua opinião ou sorria como um menino.
Passou o tempo, deu fome, aproveitamos para almoçar. Não só a nossa trupe, mas todos que estavam na palestra acharam o mesmo bar em que estávamos. Ops! Fomos descobertos!
Acabou o almoço, esperamos o pessoal e voltamos para o museu, onde seriam realizadas duas palestras antes do recital em que nos apresentaríamos a tarde.
A palestra a seguir, sobre o surgimento da imprensa fluminense, foi ministrada por Ana Paula Campos, que falou também sobre a importância da criação do jornal O Fluminense.
Em seguida, o Dr. Edmo Rodrigues Lutterbach, grande mestre e amigo da poeta Janaína da Cunha, palestrou sobre a Poética Euclideana, abordando um pouco sobre a história do escritor Euclydes da Cunha, que pouco foi conhecido como poeta.
Após a palestra, Dr. Edmo recitou alguns poemas de sua autoria feitos em homenagem ao escritor Euclydes da Cunha.
Encerrada a palestra, começou a movimentação do recital. Nós havíamos preparado uma homenagem a dois excelentes poetas fluminenses, foram eles: César de Araújo e Raul de Leoni.
Após vários poetas do grupo Mônaco, Rodrigo Santos deu início às homenagens sendo seguido pela poeta Janaína da Cunha, a mais nova filha do tavernismo e que chamou para a sequência o trovador Pakkatto.
Em seguida os poetas Rodrigo Vieira, Wenceslau Teodoro Coral e Romulo Narducci, encerraram o recital. Romulo Narducci anunciou previamente as datas das duas próximas Tavernas, em especial a do dia 10 de junho, em que a tavernistas Janaína da Cunha estará lançando o seu livro de poesia, em evento que terá como o homenageado o escritor e poeta Euclydes da Cunha.
E com o chegar da noite, chegou também a poeta Hannar Lorien, que enfrentou dificuldades para chegar ao local, mas não desistiu de se juntar ao grupo dos tavernista.
E como bons tavernistas, após um jantar (que preferimos não postar as fotos para que vocês não se assustem com os pratos), conduzimos a nossa elfa-poeta de cabelos rosados para o bar! O mesmo em que havíamos nos reunido pela manhã e início de tarde. O dono do bar ficou tão feliz em nos ver que nos deu por conta da casa uma rodada de cachaça de abacaxi (uma deliciosa iguaria).
Então, com a adição de mais uma tavernista, os assuntos e debates de antes ganharam um reforço. Nós aproveitamos para mostrar uns aos outros os possíveis poemas que seriam declamados.
De volta à realidade, mas com a sensação melhor do mundo, apesar do cansaço, da ressaca... a sensação de missão cumprida! Até a próxima e Evoé!
Por Romulo Narducci.
Um comentário:
Quanto carinho
em cada sentença expositiva
sobre nossas "assinaturas" neste evento
mais um "1º" de tantos que abrilhantam nossas trajetorias!
e é desta maneira que a poesia nos conduz ao estado de riqueza!
grande abraço a todos e a vc
irmão e tio Rominho!
carinho sem melação
Hannildes Lorien.
Postar um comentário