Após a morte de seu pai, uma semana depois de seu aniversário de 8 anos, 5 de novembro de 1940, devido a complicações de diabetes, a mãe de Sylvia junto de seus avós maternos mudou-se com ela e seu irmão Warren para a rua Elmwood 26, em Wellesley, Massachusetts, no ano de 1942.
O pai de Sylvia Plath está enterrado no cemitério de Winthrop, onde sua lápide continua a atrair leitores de um dos poemas mais famosos de Plath, “Papai” (“Daddy”).
Após entrar para a faculdade, três anos após o início do curso, Sylvia Plath recebeu um convite para atuar como editora convidada na revista “Mademoiselle”, passando a morar por um mês na cidade de Nova York. A experiência não foi nada do que Sylvia esperava, começando então um redemoinho em sua visão sobre si própria e da vida em geral.
No seu primeiro ano em Smith College, Sylvia Plath tenta o suicídio pela primeira vez, tomando uma overdose de narcóticos. Após esse episódio, Plath esteve foi internada numa instituição psiquiátrica, onde recebeu terapia atavés de eletrochoques.
Após esse episódio, Plath esteve brevemente comprometida na instituição psiquiátrica McLean, onde recebeu terapia atavés de eletrochoques.
Sua estada no hospital McLean foi financiada por Olive Higgins Prouty, também responsável pela bolsa concedida à Plath para arcar com as despesas de seus anos em Smith College.
Após recuparar-se de seu estado, Sylvia Plath formou-se com louvor no Smith College, em 1955. Aluna brilhante e dedicada, Sylvia obteve uma bolsa integral fullbright na Universidade de Cambrige, na Inglaterra, onde foi morar e continuou a escrever poesia ativamente, publicando seu trabalho ocasionalmente no jornal Varsity.
No final de fevereiro de 1955, na festa de lançamento da “St. Botolph’s Review”, em Cambridge, Sylvia conheceu o jovem poeta britânico Ted Hughes. Plath afirmou em uma carta à mãe ser paixão imediata, visto que já acompanhava e admirava o seu trabalho literário. Assim se casaram em uma pequena cerimônia no dia 16 de junho de 1955.
O jovem casal de poetas passaram o período de julho de 1957 a outubro de 1959 vivendo e trabalhando nos Estados Unidos, onde Plath lecionava inglês no Smith College, onde estudou anteriormente. Após, se mudaram para Boston, onde Sylvia Plath assistia a seminários do poeta Robert Lowell. Além de Sylvia, a poeta Anne Sexton também freqüentava esses seminários. Nessa época, Plath e Hughes conhecem também, W. S. Merwin, que admirou o trabalho do casal, firmando amizade com Sylvia e Ted por toda a sua vida.
Sylvia Plath engravida, o casal muda-se de volta para a Inglaterra, vivendo em Chalcot Square, próximo à área Primrose Hill de Regent’s Park, em Londres. O casal fixa-se então, na pequena cidade de North Tawton, em Devon. Nessa época, é publicada a primeira coletânea de poemas de Sylvia Plath, chamada “The Colossus”. Em fevereiro de 1961, Sylvia sofre um aborto, que seria um dos seus temas principais, presente em grande número de seus poemas.
O casamento de Sylvia Plath com Ted Hughes começa, então, a enfrentar muitos obstáculos, particularmente a relação extra-conjugal de Hughes com Assia Wevill. O casal separa-se no final de 1962. Plath, então, retorna a Londres com seus dois filhos, Frieda e Nicholas, de três anos e um ano, respectivamente, alugando um apartamento na rua Fitzroy n° 23 (a apenas alguns quarteirões do apartamento em que havia morado com o marido, em Chalcot Square), no prédio onde W. B. Yeats também havia morado.
Na manhã de 11 de fevereiro de 1963, Plath veda completamente o quarto das crianças com toalhas molhadas e roupas, deixando leite e pão perto de suas camas, tendo ainda o cuidado de abrir as janelas do quarto, ainda que em meio à uma forte nevasca. Então, toma uma grande quantidade de narcóticos, deitando logo após a cabeça sobre uma toalha no interior do forno, com o gás ligado.
Na manhã seguinte o corpo de Sylvia Plath foi encontrado pela enfermeira que havia contratado, Myra Norris, que, quando chegou ao apartamento, sentiu um cheiro muito forte de gás. Pediu ajuda. A porta foi arrombada. O quarto das crianças estava gelado, e ambas com muito frio.
Sylvia Plath manteve o hábito de escrever em diários desde a idade de 11 anos, até o dia de seu suicídio. Os seus diários datados da fase adulta, começam com os seus anos como caloura no Smith College, em 1950. Os textos extraídos de seus diários foram publicados pela primeiravez no ano de 1980, sendo editados por Frances McCullough. Em 1982, quando o Smith College recuperou os diários que faltavam, Ted Hughes os selou até o dia 11 de fevereiro de 2013, quando se completará cinquenta anos da morte de Sylvia.
Em 1998, pouco antes de sua morte, Hughes liberou os manuscritos, passando-os para Frieda e Nicholas, que os repassaram para Karen V. Kukil, para serem editados. Kukil termina a edição em dezembro de 1999, e no ano de 2000, os diários são publicados pela editora Anchor Books, com o título "The Unabridged Journals of Sylvia Plath". De acordo com a contra-capa, dois terços dos "Unabridged Journals" eram materiais novos. A escritora americana Joyce Carol Oates descreve a publicação como um “genuíno evento literário”.
Hughes foi alvo de muito criticismo, pelo papel que desempenhou destruindo a última parte dos diários de Plath, que continham escritos desde o inverno de 1962 até a sua morte. Ele se defende, afirmando que os havia destruído em um ato de proteção de seus filhos, e que o esquecimento para ele era uma parte essencial da sua sobrevivência.
- The Colossus (1960), coletânea de poemas.
- The Bell Jar (1963), A Redoma de Vidro, único romance da autora.
- Ariel (1965), poemas.
- Crossing the Water (1971), A Travessia da Água, coletânea de poemas.
- Johnny Pannic and the Bible of Dreams (1977) (Zé Susto e a Bíblia dos Sonhos) livro de contos e prosa.
- The Collected Poems, (1981), poemas inéditos.
*Texto: pesquisado em Wikipédia e diversos sites na internet.
A REDOMA DE VIDRO
A Redoma de Vidro
Sylvia Plath
Romance
272 páginas
ISBN: 850105139X
Escrito em 1961, dois anos antes do suicídio de Sylvia Plath, A REDOMA DE VIDRO traz como personagem central Esther Greenwood, alter ego ficcional de Plath. É fácil reconhecer Plath nas atitudes, dúvidas e neuroses da personagem. Fugindo do que seria uma óbvia obra de literatura confessional, a autora cria um romance de qualidades excepcionais, centrado no processo de desintegração mental de sua heroína, promovido pelas mais diversas manifestações do chamado "senso comum".
Esther é uma jovem provinciana, aluna brilhante de uma universidade do interior que um dia tira a sorte grande e parte para um estágio em uma das mais glamourosas revistas femininas de Nova York. Mas Esther, que em um primeiro momento mostra-se uma mulher segura e ponderada em meio a um grupo de mulheres fúteis, não resiste ao jogo de vaidades e ao mundanismo do seu grupo. O que poderia ser um mundo de oportunidades torna-se uma prisão opressora. Aos poucos, outros aspectos sombrios de sua vida vão sendo desvelados: o frágil relacionamento com a mãe, a figura inexpressiva do pai e o relacionamento mal resolvido com Buddy Willard, exemplo de um tipo de cretino vaidoso muito comum nos Estados Unidos dos anos 50, que Plath — que sofreu indignidades cruéis nas mãos dos homens — construiu com ironia e desprezo cortantes.
Indecisa sobre seu futuro profissional e assombrada pelos fantasmas do passado, Esther vê a volta para casa como a única solução viável. E é lá, rodeada pela mãe de atitudes burocráticas e um ambiente social pouco afetivo, que Esther chega ao limite e tenta se matar. A partir daí, acompanhamos seu calvário por diversos hospitais psiquiátricos, as sessões de eletrochoque e as crises de insanidade que em muitos momentos — o que é mais assustador — beiram a lucidez.
A REDOMA DE VIDRO é o único romance do legado literário de Plath, formado por uma obra poética que inclui livros como Colossus e Ariel. The Collected Poems, editado por seu ex-marido, o escritor inglês Ted Hughes, foi o ganhador do Prêmio Pulitzer de 1982. Sylvia Plath se suicidou em 1963, aos 30 anos, em uma cozinha tomada por gás.
Texto: http://www.editoras.com/record/051391.htm
"Dentro de mim mora um grito. De noite, ele sai com suas garras, à caça de algo para amar."
Um comentário:
Fétido saber que o marido cafajeste da Sylvia Plath ainda a prejudicou mesmo após sua morte, destruindo seus diários. Curioso como a amante, Assia Wevill, também retirou a própria vida e a da filha de forma similar à que Sylvia fez.
Para os fãs, recomendo o filme "Sylvia"
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