terça-feira, 26 de abril de 2011

Poetas tavernistas participarão do 1º Festival de Poesia Fluminense

A Taverna levará seus representantes para o 1º Festival de Poesia Fluminense. Os poetas Rodrigo Santos, Romulo Narducci, Pakkatto, Hannar Lorien, Janaína da Cunha, Wenceslau Teodoro Coral e Rodrigo Vieira estarão representando o tavernismo nesse evento que com certeza marcará história.



O 1º Festival Fluminense de Poesia - FLUP vai acontecer no dia 29 de abril em Barra de São João, município de Casimiro de Abreu.
Será uma maratona poética de 24 horas com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, da Prefeitura de Casimiro de Abreu, da Academia Fluminense de Letras, do Cenáculo Fluminense de História e Letras, da Academia Niteroiense de Letras, da Libre - Liga Brasileira de Editoras - e de projetos poéticos independentes, como o "Corujão da Poesia", "Um brinde à poesia" e "Uma noite na taverna".
A programação do festival inclui palestras, feira de livros, oficinas, recital, concurso de poesias, show de MPB e uma virada poética noite adentro, com microfone aberto a todos os participantes.
Os trabalhos classificados no concurso serão publicados pela editora Nitpress dentro de uma antologia do FLUP. Haverá albergues masculino e feminino oferecidos pela prefeitura de Casimiro de Abreu a preço simbólico e transporte gratuito - limitado ao número de vagas - para os primeiros que se inscreverem.
Algumas prefeituras de cidades fluminenses, como São Gonçalo e Cabo Frio, também estão oferecendo transporte gratuito aos interessados.
As inscrições devem ser feitas pelo email nitpress@nitpress.com.br
Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , informando nome, idade, identidade e telefone.
Maiores informações e a programação completa do FLUP podem serencontradas no site da editora (http://www.nitpress.com.br/)
E
no endereço https://docs.google.com/present/view?id=dcfgkvhd_14gpnvx6cr.
Luiz Augusto Erthal
Editora Nitpress
(21) 2618-2972 / 8102-3230
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terça-feira, 19 de abril de 2011

Evento: Uma noite na Taverna sobre um chão de estrelas.


A Taverna de abril homenageou um dos maiores poetas do samba: Orestes Barbosa. O evento que deu pouco mais de 60 pessoas, não teve a média de público que costuma ter, porém não deixou de ser um evento agradável e atmosférico.



Os poetas Pakkatto, Romulo Narducci e Rodrigo Santos exaltaram a importância da poesia e das composições de Orestes Barbosa para a arte e cultura brasileira. As poesias de Orestes foram declamadas pelos três, levando ao público o conhecimento da escrita simples, porém, vigorosa em seu teor literário.


O bardo Rodrigo Santos abriu o recital, sendo seguido por Pakkatto e Romulo Narducci na homenagens a Orestes.









O poeta DiGregório Neófito foi convidado pelo tavernista Pakkatto para recitar um de seus poemas. Essa foi apenas uma das surpresas da noite.


O artista plástico Roberto Monteiro estreou como poeta, recitando poemas de sua autoria que eram relacionados com suas obras de ilustração chamada Memórias de Minhas Horas Putas e Tristes.





A noite já estava agradável embalada por belos poemas, se tornou ainda mais bela com a estréia da excelente poeta Aline Matias, do movimento poético de Itaboraí, que tem uma safra de excelentes artistas.

A dança do ventre voltou à Taverna, dessa vez com a multiartista Nana B., encarnando a Bastet Nefer Zaren com a performance Nefer - A Guardiã de Ísis.



E a Taverna ainda teve André Correia e o veterano, o poeta e artista plástico, Wellington de Sousa, que aproveitaram para dar o seu recado.


Após tudo isso, o espetáculo encerrado, teve ainda os agradecimentos de Nana B. que homenageou os poetas tavernistas.

Como já diz a tradição... EVOÉ!


Fotos: Eduardo H. Martins

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Nefer, A Guardiã de Ísis

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Bastet Nefer Zareen é o nome usado como dançarina pela poeta e escritora Nana B., que já esteve lançando seu livro de poesias no Uma Noite na Taverna. Bastet mergulha de corpo e alma na dança, prometendo surpreender ao público da Taverna com a performance "Nefer, A Guardiã de Ísis", que escolheu dentre seus muitos números de dança especialmente para o evento de amanhã, que acontecerá a partir das 19 horas, no SESC São Gonçalo, com entrada franca!


BASTET NEFER ZAREEN por ela mesma



"Comecei minha trajetória na dança do ventre há 4 anos atrás quando eu estava perdida da minha identidade feminina, sem saber quem eu era. E com a dança as lições da minha professora, Vanessa Costa, aprendi que a disciplina e a dedicação eram o que eu precisava, para despertar e retomar minha consciência feminina.


Aprendi que a dança do ventre não é feita apenas de trejeitos e sorrisos, de requebrados e shimmies. Mas sim, de dedicação, entrega, suor, estudo e muita disciplina! Através de seus movimentos, devem contar a pintura da ancestralidade dos povos, estampados na moldura de seus corpos ondulantes, traduzindo em movimento e beleza, com a graça e dignidade devidas, a sutileza das músicas que remontam tempos imemoriais.



Não basta deter a técnica, ter os trajes mais ricos, exibir-se em eventos luxuosos, se na alma da bailarina não pulsar o Amor que transcende corpo e alma, sem inveja, ou mesquinhez. Que fala através do sorriso farto, sincero e da linguagem, que só o corpo de uma "Bailarina Sacerdotisa" sabe demnostrar quando dança.


A bailarina do ventre é muito mais do que uma mera dançarina. Representa as sacerdotisas que eram responsáveis pela evocação dos deuses, nos templos do Egito dos Faraós. Aprendi com inúmeros professores, mas minas maiores inspirações são alguns mestres. E cada um desses experts em seus estilos. Mestres pelos quais nutro o maior respeito. Dentre eles: Anthar Lacerda (Mestre de folclore árabe), Rhada Naschpitz (Mestra Gipsy Dark Tribal), e Khalida Zareen (Mestra na técnica de véu wings) e minha madrinha, mais do que minha professora. Ela é a minha maior inspiração na dança do ventre no Brasil.




Assim eu danço e honro as Deusas que inspiram a arte que amo e respeito."


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Uma Noite na Taverna com a poesia de Orestes Barbosa

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No dia 08 de abril, na próxima sexta-feira, a partir das 19 horas, será a vez de um grande artista da literatura e da música brasileira ser homenageado: Orestes Barbosa. Orestes foi um poeta nato, com uma vida extrema e intensa.


Os Tavernistas Rodrigo Santos, Romulo Narducci e Pakkatto renderão homenagens a este excelente poeta do samba, além de receberem no Uma Noite na Taverna as poetas convidadas Aline Matias (da cena poética de Itaboraí) extreando pela primeira vez no evento, e a jovem prodigiosa Bianca Lorena, que retorna à Taverna com sua poesia bem escrita e interpretada. O artista plástico Roberto Monteiro reserva uma bela exposição chamada "Memórias de Minhas Horas Putas e Tristes", sendo que também estreiará como poeta, onde seus poemas terão ligação com suas obras expostas. O evento contará ainda com a apresentação de dança de Basfet Nefer Zareen com a performance "Nefer, A Guardiã de Ísis".


O homem que caminhava no chão de estrelas


Orestes Barbosa nasceu no dia 07 de maio de 1893, na classe média, filho do major Caetano Lourenço da Silveira Barbosa e de Maria Angélica Bragança Dias Barbosa, por conta das agudas mudanças sociais e econômicas do século XIX, durante o período do governo Rodrigo Alves, Orestes tornou-se menino de rua. E foi nas ruas, nas calçadas, a observar manchetes de jornais que aprendeu a ler.


Das ruas, o menino se fez homem e tornou-se revisor em 1911, em O Mundo de Lopes Trovão. Em 1912 transferiu-se para o Diário de Notícias, jornal em que Rui Barbosa era mentor político, onde estreou como repórter. Por causa de seu primeiro artigo, intitulado As Palhaçadas do Gabinete, escrito em 2 de junho de 1912, foi impedido de entrar no Ministério da Guerra, no período do governo presidencial de Hermes da Fonseca.


Em 1914, Orestes Barbosa esteve n' A Gazeta de Notícias, na qual o presidente era João do Rio, que juntamente de Lima Barreto, foram as suas maiores influências. Para O Século, de Brício Filho, entrevistou naquele mesmo ano, Dilermando de Assis (o homem que matou Euclides da Cunha).


Em 1915, no mesmo vespertino, registrou a conversa de João Cândido, herói da Revolta da Chibata e traçou, ao cobrir a agitação das alunas da Escola Normal, o primeiro perfil biográfico de Cecília Meireles, que tinha apenas 13 anos. Projetou-se no jornal A Folha, periódico fundado por Medeiros de Albuquerque, em 1919, em oposição ao governo de Epitáfio Pessoa. Foi preso em 1921, duas vezes, devido a processos de injúria, e no período em que esteve preso, sua experiência o fez tornar-se o cronista dos encarcerados. Sendo este um de seus principais assuntos, rendendo-lhe o seu primeiro livro de prosa, chamado Na Prisão, de 1922.


No ano seguinte, publicou Ban-ban-ban!, livro que trata do mundo do crime e da malandragem. Nesta década de 1920, com estilo próprio de frases com parágrafos breves, pelas páginas de A Manhã e de A Notícia e Crítica, tornou-se o mais importante cronista da cidade do Rio de Janeiro.


Como poeta da canção, Orestes Barbosa estreou em 1927, no teatro, ao escrever duas letras para Ouro de Moscou, revista sua juntamente com o jornalista Martins Reys, com a música do maestro Francisco de Assis Pacheco, chamadas Coração de Carmim e Flor do Asfalto. Em 1930, Bangalô, uma cançoneta com melodia de Osvaldo Santiago, interpretada por Alvino, integrante do Bando de Tangarás, inaugurou sua na música ao ter sua canção gravada. Mas somente após a Revolução de 24 de Outubro, com o empastelamento dos dois jornais em que colaborava, Crítica e A Notícia, e o fechamento do Conselho Municipal, seu emprego público, teve que sobreviver encontrando definitivamente o seu caminho na música popular.


Na coluna Rádio, pelas páginas de A Hora, desde a fundação em 06/07/1933, promoveu intensa divulgação da música popular brasileira. Foi também jurado do 1º Concurso de Escolas de Samba na Praça Onze, em 1932. Entrevistou para a seção, além de Francisco Alves, Mário Reis, Noel Rosa, Cartola (líder da Estação Primeira de Mangueira) e Baiaco (da Estácio de Sá).


Ainda em 1933, já em Avante!, entrevistou Wilson Batista e outros importantes sambistas. O livro Samba - Sua História, seus Poetas, seus Músicos, seus Cantores, que inaugura, ao lado de Na Roda do Samba, de Francisco Guimarães, a historiografia do mais importante gênero musical brasileiro nasceu das campanhas jornalísticas em A Hora e tem como epígrafe uma frase atribuída ao grego Ésquilo, que diz: "Eu e o tempo contra todos".


Embora parceiro de muitos compositores, entre os quais Noel Rosa e Custódio Mesquita, em música criou suas melhores obras ao lado de Jota Tomás, Francisco Alves e Sílvio Caldas. Com o Jota Tomás, conheceu o seu primeiro sucesso com a música Flor do Asfalto; com Francisco Alves, entrou para o repertório seresteiro com Meu Companheiro, A Mulher que Ficou na Taça, Dona da Minha Vontade e Por Teu Amor. Sobre Chão de Estrelas, sua obra-prima incontestável, parceria com Sílvio Caldas, com quem ainda compôs Serenata, Arranha-céu e Suburbana, escreveu o poeta Manuel Bandeira:


"Se eu fizesse aqui um concurso, como fizeram na França, para apurar qual o verso mais bonito de nossa língua, talvez eu votasse naquele de Orestes em que ele diz: Tu pisavas os astros distraída..." (Orestes, Jornal do Brasil, 18 de janeiro de 1956).


Orestes Barbosa faleceu em 15 de agosto de 1966.



BIBLIOGRAFIA


- Penumbra Sagrada, Typografia Apollo, Rio, 1917;


- Água-Marinha, separata da Revista do brasil, São Paulo, 1921;


- Na Prisão, Typ. Jornal do Commércio, Rio, 1922;


- Ban-ban-ban!, Benjamim Costallat e Miccolis, Rio, 1923;


- Portugal de Perto!, Jacyntho Ribeiro dos Santos, Rio, 1923;


- A Fêmea, Jacuntho Ribeiro dos Santos, Rio, 1924;


- O Português no Brasil, edição do autor, Rio, 1925;


- O Pato Preto, Brasil Contemporâneo, Rio, 1927;


- O Fantasma Dourado, Calvino Filho, Rio, 1933;


- Silva Jardim - Sua Vida Idealista - Sua Morte na Cratera do Vulcão, em Avente 12-20/12/1933, p.2;


- Samba - Sua História, Seus Poetas, Seus Músicos e Seus Cantores, Livraria Educadora, Rio, 1933;


- Não Se Compra Entrada na História, em parceria com Pandiá Pires, I. Amorim, Rio, 1938;


- Chão de Estrelas, J. Onzon Editor, Rio, 1965.


Fonte: Wikipédia..