quarta-feira, 9 de março de 2011

Uma Noite na Taverna com a poesia e a prosa de Julio Cortázar

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Sexta-feira agora, 11/03, a partir das 19 horas no SESC São Gonçalo, ainda na ressaca do Carnaval 2011, na segunda edição do Uma Noite na Taverna do ano, os poetas tavernistas Rodrigo Santos, Romulo Narducci e Pakkatto irão homenagear Julio Cortazar, influente poeta e escritor argentino. Além das homenagens o evento contará com a participação dos poetas Rodrigo Vieira, que retorna mais visceral do que nunca, e de Luis Carlos, com sua poesia caucada na literatura ultra-romântica. A música ficará por conta da intrépida banda gonçalense chamada Expresso Lunar, e ainda teremos contação de história com o criativo e talentoso André Correia, interpretando o texto de sua autoria: "Vidas Passadas em Vidas Presentes". Vale lembrar que o Uma Noite na Taverna tem entrada franca e livre nessa edição!
BIOGRAFIA BIOGRAFIA BIOGRAFIA

Julio Florenço Cortázar, belga de pais argentinos, nasceu na embaixada da Argentina em Ixelles, distrito de Bruxelas, na Bélgica em 26 de agosto de 1914. Aos quatro anos de idade seus pais voltaram para a Argentina, quando logo após se separaram. Então passou a ser criado por sua mãe e uma tia avó em Banfield, na Argentina, onde passou a maior parte de sua infância. Julio Cortázar não teve uma infância feliz, como ele mesmo declara da seguinte forma:
"Pasé mi infancia en una bruma de duendes, de elfos, con un sentido del espacio y del tiempo diferente al de los demás".
Cortazar sempre foi uma criança com frequentes problemas de saúde, vivia enfermo e passava a maior parte do tempo no mmundo dos livros que eram selecionados por sua mãe. Muitos de suas produções em contos são autobiográficas, como Bestiario, Final del Juego, Los Venenos de la Señorita Cora, entre outros.
Em 1935, formou-se em professor de Letras pela Escuela Normal de Profesores Mariano Acosta, e nessa época tornou-se fã de lutas de boxe. Em 1938, editou o seu primeiro livro de poemas, de nome Presencia, com uma tiragem de 250 exemplares, sob o pseudônimode Julio Denis.

Então, lecionou em algumas cidades do interior do país, sendo convidado a ser professor da Faculdad de Filosofia y Letras de la Universidad Nacional de Cuyo, vindo a renunciar posteriormente ao cargo após Perón assumir a presidência da Argentina. Passou a trabalhar na Câmara do Livro em Buenos Aires, vindo a realizar alguns trabalhos de tradução.

Em 1951, Cortázar avesso a ditadura na Argentina, foi para Paris, aproveitando uma bolsa que o governo francês para estudar por dez meses e acabou se instalando definitivamente. Trabalhou como tradutor da UNESCO por muitos anos e teve uma relação de amizade com os artistas argentinos Julio Silva e Luis Tomasello, com os quais realizou inúmeros projetos conjuntos.

Em 1953, casou-se com uma tradutora argentina chamada Aurora Bernádez, vivendo com esta em condições econômicas muito difíceis. Nessa mesma época sugiu a oportunidade de traduzir a obra completa em prosa de Edgar Allan Poe para a Universidad de Puerto Rico, trabalho que foi considerado pelos críticos como a melhor tradução da obra do escritor.

Em 1959, lançou o volume Final del Juego. Seu artigo Para Llegar a Lezama Lima foi publicado pela revista "Union". Em 1962, publicou Historias de Cronopios y Famas. O ano de 1963, marcou o lançamento de Rayale, que foi o seu livro mais vendido, com cinco mil cópias vendidades em um ano. Foi também o ano em que Cortázar visitou Cuba, enviado pela Casa de las Americas para ser jurado em um concurso. Foi quando começou o seu fascínio pela política. No mesmo ano ainda teve um livro traduzido para o inglês.

Julio Cortázar passou a se comprometer politicamente com a filosofia de libertação da América Latina sob regimes ditatoriais. Em novembro de 1970, viajou ao Chile onde se solidarizou com o governo de Salvador Allende. Em 1971, foi execrado por Fidel Castro, junto com outros escritores por pedir informações sobre o desaparecimento do poeta Heberto Padilla, e apesar de sua desilusão com a atitude de Fidel, continuou acompanhando a situação política da America Latina.


Em 1973, recebeu o Prêmio Médicis por seu Libro de Manuel e destinou os seus direitos autorais na ajuda dos presos políticos na Argentina. Em 1974, foi membro do Tribunal Bertrand Russel II, reunido em Roma para examinar a situação política da America Latina, que tinha como prioridade as investigações sobre questões sobre violação dos Direitos Humanos. Em 1976, viajou para a Costa Rica onde se encontrou com Sergio Ramírez e Ernesto Cardenal e fez uma viagem clandestina para a Nicarágua, que marcou sua vida, levando-o sempre a realizar várias visitas a este país.
Em agosto de 1981, Cortazár sofreu uma hemorragia gástrica. Em 1983, a Argentina volta a ser um país com democracia e este retorna pela última vez à sua pátria sendo recebido de forma calorosa por seus admiradores, que o paravam na rua para pedir autógrafos. Depois de visitar seus amigos na Argentina, retornou a Paris, quando lhe foi outorgada a nacionalidade francesa.
Carol Dunlop, sua última esposa, falaceu em 2 de novembro de 1982, e com isso Julio Cortázar teve profunda depressão. O escritor e poeta morreu de leucemia no em 12 de fevereiro de 1984, sendo enterrado no cemitério de Montparnasse, na mesma tumba de Carol. Em seu túmulo se ergue a imagem de um "cronocópio", personagem criado pelo escritor.
Em Buenos Aires, a praça situada na interseção das ruas Serrano e Honduras leva o seu nome. Em 2007, foi dado o nome de Plaza Julio Cortázar à pequena praça no extremo ocidental da Ile Saint Louis, onde ocorreu o conto Las Babas del Diablo.


Fonte: Wikipédia.

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