"Me deram a tarefa de escrever sobre o meu contato com a dança. Acho que o homem (o bicho gente) reconhece o belo, então pensar quando foi que eu comecei a reconhecer o belo e como por ele me deixei levar é algo que, sinceramente, não faço idéia. O que não me impede de arriscar! Sou da geração “Xuxa” (lembra da bota de paquita? Eu adorava, tinha uma vermelha! Lembra das Paquitas?! “É tão bom! Bom Bom Bom ... quem quer bom? Bom, bom, bom...”), “Angélica” (“ Vou de táxi, c' sabe...”), “Trem da Alegria” (“Ô ô ô ô ô ô... Olha o lobisomem!”) ... (risos) nossa que velha! Mas acho que foi assim que comecei a dançar! Ah, sim! Sou da época da lambada... “Dançando lambada ê, dançando lambada, ah”... e da época do É o Tcham! (risos). É! Comecei a dançar na frente da caixinha mágica... Aos cinco anos fazia aulas de Ginástica Rítmica, depois parei e fui fazer teatro. Aos vinte e um anos de idade, quando comecei a estudar História na Faculdade de Formação de Professores da UERJ, tinha aula vaga nas segundas e quartas no exato horário em que um grupo de dança ensaiava no Palácio de Cristal. Um belo dia, motivada por minha curiosidade (pela dança e pelo lugar), quis ir até lá pra ver qual era, me apaixonei pelo grupo e estou lá até hoje. E ponto final, mas não o fim..."
"Comecei a dançar a partir do momento que comecei a andar. Minha familia conta que eu não podia passar por nenhum lugar com música que começava a dançar, até em frente de igreja, isso eu tinha 1 ano e pouco. Mas na dança mesmo eu comecei na escola, com 5 anos, fazendo jazz, minha mãe que quis me colocar, pois ela sempre gostou de dança e aproveitou meu entusiasmo para fazer o que ela também sempre quis. Meus pais sempre foram meu incentivo nesse caminho. Participava de todas as coreografias da escola que eu podia. Aos 9 anos entrei numa academia para fazer jazz moderno e fiz minha primeiro apresentação para uma grande público, dancei num evento na na quadra da universo de São Gonçalo. Me lembro até da roupa era o famoso conjunto da Bad Boy, que coisa horrível era aquilo! (risos) Depois o jazz acabou na academia, e voltei para a escola primária que eu estudava fiz lá até quase 12 anos, mas o jazz também acabou lá, só tinha ficado eu de aluna. E depois disso a única coisa de dança que tinha mais perto de onde eu morada era o que tava na moda na época, a lambaeróbica. fiz seis meses aos 13 anos e odiei, foi minha fase mais trash na dança. (risos) Com 14 anos entrei numa outra academia para jazz novamente, e a professora tinha um grupo do qual comecei a fazer parte, e assim para o primeiro grupo de dança o Stúdio de Dança Raquel Rosãnea, que continuo até hoje e tenho um grande carinho. Nesse grupo tive contato com o Hip-Hop e a Dança de Salão. Mais tarde uma de minhas irmãs mais velhas passou a fazer dança do ventre e eu comecei a aprender com ela em casa. Hoje ela é professora de dança do ventre e até hoje continua me ensinando algumas coisa quando pode. Aos 19 anos entrei para a Faculdade de Formação de Professores da UERJ para fazer Pedagogia e lá conheci o Projeto "Quem Dança faz Arte" Que também faço parte até hoje, onde temos aulas de jazz contemporâneo, ballet contemporâneo e o que mais houver necessidade. (risos) Onde lá conheci conheci a Monique, e criamos uma amizade muito forte, uma companhia nas mais loucas viagens mentais."
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A dança sempre marca presença no Uma Noite na Taverna, já houveram no evento manifestações diversas de Dança do Ventre e até de Dança Contemporânea. É uma arte que a cada dia se valoriza pela beleza e pela constante evolução que faz parte das artes mais sublimes.
"Quando eu nasci / Já dançava", disse Mário de Andrade em um de seus versos. Assim, como o poeta modernista é a humanidade. Desde os primeiros vestígios do ser humano, tem-se registros de que a dança estava presente nas suas mais diversas manifestações. Sendo assim, temos que a dança existe há mais de 10 mil anos, desde que o homem se organizou socialmente. Foi dela, de suas manifestações ritualísticas que surgiu o teatro. E junto do teatro, é umas das três manifestações das Artes Cênicas mais antigas, ao lado também da música.
Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.
A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculado das particularidades do teatro.
Atualmente, a dança se manifesta nas ruas em eventos como "Dança em Trânsito", sob a forma de vídeo, no chamado "vídeodança", e em qualquer outro ambiente em que for contextualizado o propósito artístico.
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Um comentário:
Conheci Monique Ribeiro e nunca mais fui o mesmo....Beijos e Abraços filosóficos!!!
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