sábado, 9 de janeiro de 2010

6 Anos de Arte!

Rodrigo Santos e Romulo Narducci, há 6 anos atrás na Taverna de abril de 2004, no restaurante do SESC São Gonçalo.


São 6 anos! Em 2004, quando surgiu o Uma Noite na Taverna, nas palavras do próprio Reinaldo Baso (artista e agitador cultural de São Gonçalo) não acontecia um evento de poesia há pelo menos uns 10 anos na cidade. E quando começaram, Rodrigo Santos e Romulo Narducci ouviram muitas coisas do tipo “vocês são malucos, evento de poesia em São Gonçalo?” Bem, hoje quem disse esse petardo negativista já teve a resposta merecida, na verdade, desde a primeira edição.
As dificuldades de realizar um evento, não só de poesia, mas de todas as vertentes da arte, foram várias: falta de apoio, descrédito por conta dos dois poetas não serem conhecidos no meio, desunião da classe artística na cidade, entre tantos outros. Mas, mesmo contra essa correnteza, imbuídos de uma fome incomensurável pela arte, como já diz o próprio Manifesto da Taverna, os poetas decidiram “levantar os cornos para fora e acima da manada”. Se ser artista já é um ato hercúleo em nosso país, ser organizador de um evento artístico então é ser um alvo fácil dos atiradores. Porém, a conquista do público, um público que não só fiel, mas um público que mostra que também tem fome de arte, foi um fator importante para o sucesso do evento.
Acreditando que arte não é só para os iniciados, os poetas resolveram lançar ao público a poesia de artistas consagrados sem a preocupação acadêmica de ter que dar uma determinada explicação sobre as obras recitadas ou até subestimar a inteligência desse público, enxugando obras ou tentando fazê-las parecer “mais fácil” de um entendimento mais “mastigável”. Não, o público da Taverna nunca foi subestimado e sempre compreendeu cada poesia, até mesmo pelo fato de que arte é alma! E almas se comunicam perfeitamente.
A proposta sempre foi de homenagear um poeta consagrado ou um evento literário para mostrar a obra de cada artista que teve sua importância histórica para a cultura, fugindo do academicismo e enfocando a vertente artística de cada obra. Em contrapartida, poetas contemporâneos, muitas vezes debutantes, vêm mostrando suas obras autorais. Isso se fez uma fórmula perfeita, a união do novo, da nova poesia que é produzida e do velho, das obras consagradas que muitas vezes vêm a influenciar esse novo que é desvelado diante dos olhos e ouvidos do público tavernista. E claro, além de poesia porquê não ceder espaço para todas as outras vertentes da arte? Foi assim que o Uma Noite na Taverna conseguiu criar a sua fórmula e vem galgando ano após ano o seu pedacinho na história da cultura e da arte de nossa cidade... e por que não de nosso país?

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