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Sim, Paulo Leminski é um cachorro louco e além de poder ferrar com o seu piquenique, transborda arte marginal e transcedental em seus versos muitas vezes curtos e venenosos. Um bom veneno para apreciar à luz de velas e com o vinho da Taverna.
Foi uma Taverna de público não muito elevado, uma média de 70 a 80 pessoas compareceram ao SESC São Gonçalo, mas o clima estava agradável e o público fez seu espetáculo a parte ouvindo os poetas e vibrando com cada número do Uma Noite na Taverna.
Os poetas residentes Romulo Narducci, Henrique Santos e Rodrigo Santos abriram o evento e uivaram, ganiram, latiram os versos e as cutucadas sociais e sentimentais do grande Leminski.
De volta à Taverna a dançarina do ventre (e cantora) Márcia Palmar, mais uma vez deu um show com belíssimas performances durante o evento. Entre um e outro poeta, Márcia Palmar fez a platéia vibrar, bater palmas marcando a música e aclamar bastante o seu belíssimo trabalho.
Com orgulho a Taverna, nesses 8 anos de atividades ininterruptas, sempre dispõe de poetas que já têm uma estrada e nos dão o prazer de nos brindar com suas poesias, como também de estreantes, debutantes da arte da palavra que saem com seus versos da gaveta e tornam vivos sonhos e visões que o cercam e os inspiram.
Nessa edição foi a vez de Luciano Deschamps, poeta e fotógrafo, vir ao Uma Noite na Taverna e recitar seus versos primorosos. Deschamps com sua poesia doce e salgada, as vezes amarga, como todo bom poeta sabe medir, encantou o público com seu talento e sua simpatia. Presença ilustre no púlpito tavernista.
O ator e cronista Édipo Ferreira foi à Taverna para bater. E como bateu forte com suas crônicas! Sua ironia viajou por várias situações do cotidiano e arrancou muitos risos da platéia. Édipo que já havia se apresentado como ator por várias vezes no Uma Noite na Taverna, estreou com sucesso as suas crônicas e foi muito aplaudido.
Solange Bretas há muito tempo havia sendo observada pelos tavernistas através de sua poesia publicada na internet. Eis que surgiu o convite e a poeta, que se dizia não ser poeta (mas com certeza sempre foi), aceitou recitar pela primeira vez na sua vida, e no Uma Noite na Taverna!
A poesia de Solange é sentimento puro, entrega de alma e coração. A poeta emocionou quando ao vestir a camisa da Taverna, disse que a partir daquele momento ela se considerava uma poeta. Evoé, Solange Bretas! Eis que mais uma tavernista de talento surge para se unir à nossa luta pela popularização da poesia!
E como já é de costume, os petas residentes encerraram mais uma edição de Uma Noite na Taverna com seus poemas autorais e anunciaram a próxima edição... de cachorro louco para maluco beleza é um pulo!
Aguardem: Uma Noite na Taverna, em 15 de junho, com a poesia de RAUL SEIXAS! Evoé!
Fotos: muitos.
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