terça-feira, 8 de maio de 2012

FLUPP Pensa: encontro de autores em São Gonçalo.

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Neste sábado, 12 de maio, São Gonçalo receberá uma das edições da FLUPP Pensa. A FLUPP – Festival Literário Internacional das Unidades de Polícia Pacificadoras é um grande projeto que se propõe a incluir as comunidades no calendário do mercado editorial, além de fomentar, refletir e difundir a produção literária na periferia carioca, em particular nas comunidades ocupadas pelas UPP e região metropolitana. Dentro desse calendário, ocorre a FLUPP Pensa, o game literário que está redesenhando a geografia literária fluminense. Participam do desafio 94 escritores das comunidades agraciadas – sete representantes de São Gonçalo, entre eles os tavernistas Rodrigo Santos, Romulo Narducci e Henrique Santos, – que recebem um tema por semana, produzem e tem seus textos avaliados por uma banca de escritores consagrados, finalizando com um bate-papo com o escritor convidado da noite. Os melhores 15 autores serão publicados em uma coletânea a ser lançada em novembro, no lançamento do Festival.

Até a presente data contando com a abertura oficial no Morro dos Prazeres, 4 encontros foram realizados: Morro da Providência, Cidade de Deus e Maré (ver cronograma e agenda no site acima) contando com a presença de nomes como Rosa Amanda Strausz, Rodrigo Fonseca, André Vianco, João Paulo Cuenca, Omar Salomão e Bráulio Tavares.

Ecio Salles e Júlio Ludemir, no comando de uma edição da FLUPP Pensa na CDD.
O escritor Julio Ludemir, um dos organizadores do evento, fala sobre a importância da inclusão de São Gonçalo neste cenário: “São Gonçalo tem uma importante cena literária, da qual Os Tavernistas são o exemplo mais emblemático. Queremos revelá-la para o centro - principal missão da FLUPP é identificar e dar rede a processos em curso, como a cena da CDD, da VK e da Baixada. Além disso, não existe projeto de UPP se não pensarmos no arco metropolitano, para o qual podemos deslocar o eixo da violência se pensarmos nela apenas nas comunidades pacificadas. Estamos falando de processos de inclusão - que vão muito além das favelas tomadas pelo tráfico.”

E na edição gonçalense, o escritor convidado é o premiadíssimo jornalista e escritor Edney Silvestre, que conversará com o público sobre sua obra e sobre o ato de escrever. Edney Silvestre é Repórter Especial da TV Globo e ganhou o prêmio Jabuti em 2012 com seu romance "Se eu fechar os olhos agora".

Edney Silvestre virá a São Gonçalo para bate-papo com leitores no teatro Carequinha. 
Depois do encontro com o Edney, a partir de 20 horas, os Tavernistas prepararam ainda uma grande festa no teatro, com um sarau multicultural a exemplo do que é feito no SESC há 8 anos, todos os meses. Vinho, poesia e música, sob a batuta de Rodrigo Santos, Romulo Narducci, Henrique Santos e convidados, mostrando para todo o Rio de Janeiro o que acontece em São Gonçalo. 

Os tavernistas com o fenomenal escritor André Vianco, na Cidade de Deus.
"Fluppenseiros" sob a avaliação da banca na FLUPP pensa da CDD.
"Fluppenseiros" na Maré, atentos à palavra de ouro do escritor Bráulio Tavares.
FLUPP Pensa em São Gonçalo acontece neste sábado, 12/05 (no dia seguinte do Uma Noite na Taverna no SESC), a partir das 18 horas, no Teatro Carequinha, que fica à Rua Oliveira Botelho, s/ nº - Neves, nas dependências do C.M. Ernani Faria, e a entrada é LIVRE e GRATUITA.
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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Uma Noite na Taverna com a poesia de Paulo Leminski

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A pedidos de longa data, os poetas tavernistas homenageiam pela segunda vez no Uma Noite na Taverna o poeta curitibano Paulo Leminski. O evento acontecerá nessa sexta-feira, 11 de maio, a partir das 19 horas, com entrada franca, no SESC São Gonçalo.


Além da poesia de Leminski, essa edição do Uma Noite na Taverna promete ser um evento inesquecível. Homenagem a Paulo Leminski com os poetas residentes Rodrigo Santos, Romulo Narducci e Henrique Santos; a estréia na Taverna dos poetas Luciano Deschamps e Solange Bretas; as crônicas do escritor e ator Édipo Ferreira; e a volta da dança do ventre com a excelente dançarina Márcia Palmar, que já deu um espetáculo no evento.

Só para não perder o mote... IMPERDÍVEL!

BIOGRAFIA


Paulo Leminski Filho (Curitiba24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de1989), filho de Paulo Leminski e Áurea Pereira MendesMestiço de pai polonês com mãe negra, Paulo Leminski Filho sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados populares. 

Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e lá ficou o ano inteiro.

Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda em Belo Horizonte onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezessete anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual se separou em 1968).

Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Em 1965, tornou-se professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judô. Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.

Peulo Leminski e Alice Ruiz
Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz, com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro de seus três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem a sua mãe) e Estrela.

De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário. Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria Bossa Nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética, capaz de se associar com suas letras mais maleáveis e enganadoramente ingênuas às tendências de então da música popular internacional. A Jovem Guarda e o Tropicalismo, à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras correntes musicais e poéticas.

Jorge Mautner e Paulo Leminski.
Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco AlvimAna Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.

Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo EstranhoMuda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi traduzida na íntegra para o castelhano).


Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como Verdura

Músico e letrista, Leminski fez parcerias com Caetano Veloso, o grupo A Cor do Som e o a banda de punk rock Beijo AA Força, entre 1970 e 1989. Teve influência da poesia de Augusto de CamposDécio PignatariHaroldo de Campos, convivência com Régis Bonvicino, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes MoreiraItamar AssumpçãoJosé Miguel Wisnik, Arnaldo AntunesWally SalomãoAntônio CíceroAntonio RisérioJulio PlazaReinaldo Jardim, Regina SilveiraHelena Kolody, Turiba, Ivo Rodrigues. A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada. 

Entre 1984 e 1986, em Curitiba, foi tradutor de PetrônioAlfred JarryJames JoyceJohn FanteJohn Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima, pois falava 6 línguas estrangeiras (inglês, francês, latim, grego, japonês, espanhol). Publicou o livro infanto-juvenil ‘’Guerra dentro da gente’’, em 1986 em São Paulo.

Leminski cantando no Art Curitiba, em 1978.
Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse na Rede Banedirantes. Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Além de escritor, Leminski também era faixa-preta de judô. Sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.
Paulo Leminski morreu em 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.

Obra poética

  • Quarenta clics em Curitiba. Poesia e fotografia, com o fotógrafo Jack Pires.
  • Curitiba, Etecetera, 1976. (2ª edição Secretaria de Estado Cultura, Curitiba, 1990.) n.p.
  • Polonaises. Curitiba, Ed. do Autor, 1980. n.p.
  • Não fosse isso e era menos/ não fosse tanto e era quase. Curitiba, Zap, 1980. n.p.
  • Tripas. Curitiba, Ed. do Autor, 1980.
  • Caprichos e relaxos. São Paulo, Brasiliense, 1983. 154p.
  • e Ruiz, Alice. Hai Tropikais. Ouro Preto, Fundo Cultural de Ouro Preto, 1985. n.p.
  • Um milhão de coisas. São Paulo, Brasiliense, 1985. 6p.
  • Caprichos e relaxos. São Paulo, Círculo do Livro, 1987. 154p.
  • Distraídos Venceremos. São Paulo, Brasiliense, 1987. 133p. (5ª edição 1995)
  • La vie en close. São Paulo, Brasiliense, 1991.
  • Winterverno (com desenhos de João Virmond). Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1994. (2ª edição publicada pela Iluminuras, 2001. 80p.)
  • Szórakozott Gyozelmunk (Nossa Senhora Distraída) - Distraídos venceremos, tradução de Zoltán Egressy, Coletânea organizada por Pál Ferenc. Hungria, ed. Kráter, 1994. n.p.
  • O ex-estranho. Iluminuras, São Paulo, 1996.
  • Melhores poemas de Paulo Leminski. (seleção Fréd Góes) Global, São Paulo, 1996.
  • Aviso aos náufragos. Coletânea organizada e traduzida por Rodolfo Mata. Coyoacán - México, Eldorado Ediciones, 1997. n.p.






Obra em prosa


  • Catatau (prosa experimental). Curitiba, Ed. do Autor, 1975. 213p.
  • Agora é que são elas (romance). São Paulo, Brasiliense, 1984.1 63p.
  • Catatau. 2ª ed. Porto Alegre, Sulina, 1989. 230p.
  • Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994. (Prêmio Jabuti de poesia , 1995)
  • Descartes com lentes (conto). Col. Buquinista, Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1995.
  • Agora é que são elas (romance). 2ª ed. Brasiliense / Fundação Cultural de Curitiba, 1999.
  • Catatau. São Paulo, Iluminuras, 2010. 256p.

Biografias e ensaios


  • Cruz e Souza. São Paulo, Brasiliense. Coleção "Encanto Radical", n° 24, 1985. 78p.
  • Matsuó Bashô. São Paulo, Brasiliense, 1983. 78p.
  • Jesus. São Paulo, Brasiliense, 1984, 119p.
  • Trotski: a paixão segundo a revolução. São Paulo, Brasiliense, 1986.
  • Vida (biografias: Cruz e Souza, Bashô, Jesus e Trótski). Sulina, Porto Alegre, 1990. (2ª edição 1998).


ENSAIOS


  • POE, Edgar Allan. O corvo. São Paulo, Expressão, 1986. 80p. (apêndice)
  • Poesia: a paixão da linguagem. Conferência incluída em "Os Sentidos da paixão". São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 283-306.
  • Nossa linguagem. In: Revista Leite Quente. Ensaio e direção. Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba, v.1, n.1, mar.1989.
  • Anseios crípticos (anseios teóricos): peripécias de um investigador dos sentido no torvelinho das formas e das idéias. Curitiba, Criar, 1986. 143p.
  • Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994. (Prêmio Jabuti de poesia , 1995) •
  • Ensaios e anseios crípticos. Curitiba, Pólo Editorial, 1997. n.p.

Traduções


  • FANTE, John. Pergunte ao pó. São Paulo, Brasiliense, 1984.
  • FERLINGHETTI, Lawrence. Vida sem fim (com Nelson Ascher e outros tradutores). São Paulo, Brasiliense, 1984. n.p.
  • JARRY, Alfred. O supermacho; romance moderno. São Paulo, Brasiliense, 1985. 135p. lndição editorial, posfácio e tradução do francês.
  • JOYCE, James. Giacomo Joyce. São Paulo, Brasiliense, 1985. 94p. Edição bilingüe, tradução e posfácio.
  • LENNON, John. Um atrapalho no trabalho. São Paulo, Brasiliense, 1985.
  • MISHIMA, Yukio. Sol e aço. São Paulo, Brasiliense, 1985.
  • PETRONIO. Satyricon. São Paulo, Brasiliense, 1985.191 p. Traducão do latim.
  • BECKETT, Samuel. Malone Morre. São Paulo, Brasiliense, 1986.16Op. lndicação editorial, posfácio e traduções do francês e inglês.
  • Fogo e água na terra dos deuses. Poesia egípcia antiga. São Paulo, Expresão, 1987. n.p.


Produção musical


  • 1981- Verdura - Caetano Veloso no disco Outras palavras
  • 1981- Mudança de estação -A cor do Som no disco Mudança de estação
  • 1981- Valeu - Paulinho Boca de Cantor no disco Valeu
  • 1982- Se houver céu - Paulinho Boca de Cantor no disco Prazer de viver
  • 1982- Razão - A Cor do Som no disco Magia tropical
  • 1990- Verdura - Blindagem no disco Blindagem
  • 1990- Se houver céu - Blindagem no disco Blindagem
  • 1993- Mãos ao alto - Edvaldo Santana no disco Lobo solitário
  • 1994- Luzes - Susana Sales no disco Susana Sales
  • 1996- Mudança de estação - A cor do Som no disco Ao vivo no circo

Literatura infanto-juvenil


  • Guerra dentro da gente. São Paulo, Scipione, 1986. 64p.
  • A lua foi ao cinema. São Paulo, Pau Brasil, 1989. n.p.


Fonte: wikipédia
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Evento: Poemas, velas e vinho à Emily Dickinson

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No dia 13 de abril o evento Uma Noite na Taverna homenageou a poeta norte americana Emily Dickinson. Um público modesto de aproximadamente 80 pessoas compareceram ao SESC São Gonçalo para ouvir os poemas da poeta estadunidense. Uma das boas, foi a estréia da nova tiragem da camisa do evento que os poetas irão presentear os artistas (que se apresentarem) e o público presente (através de sorteio).


Os poetas tavernistas Rodrigo Santos, Romulo Narducci e Henrique Santos se revezaram nas homenagens lendo os versos de Emily Dickinson, e encararam uma platéia diferente da habitual. O público teve uma recepção morna no início do evento, que foi aos poucos ganhando mais calor de acordo com o desenrolar do evento.

o Bardo Rodrigo Santos (palavras, emoção e performance)


Henrique Santos, ou Pakkatto, voz de trovão nos versos de Emily Dickinson.


O poeta Romulo Narducci e sua fúria contida na poesia da artista homenageada


O evento teve seguimento com a apresentação dos trabalhos próprios do poeta Maycon Arcanjo, que mostrou um pouco de suas influências ultra-românticas que pendem de temas sociais a versos byronianos.



Após Arcanjo, a Taverna recebeu dois membros da banda A Tramma que fizeram um set acústico apresentando o excelente trabalho do grupo que verte do Pop Rock ao Rock Alternativo.





A surpresa da noite mesmo, ficou com a presença e a apresentação de Seu Antônio (da livraria Guttemberg), simpático português que declama com louvor e excelente performance a poesia de monstros sagrados como Fernando Pessoa e José Régio. Seu Antônio deu um espetáculo de interpretação!




Encerrado o evento com os poemas autorais dos tavernistas, a próxima missão foi no Navegantes Petiscaria no pós-Taverna com o evento Navegando na Poesia (noite adentro). 

Agora, com a licença poética da palavra, é esperar o cachorro louco do Paulo Leminski! Evoé!
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