quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Evento: Uma Noite na Taverna com a poesia de Fernando Pessoa (Maldição Quebrada!)

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Reza a lenda que Taverna com poesia de Fernando Pessoa, inacreditavelmente, nunca deu um público muito grande. Não, realmente não é lenda. As duas Tavernas anteriores não deu mais de 80 pessoas - o que para um evento que costuma comportar uma média de 150 pessoas é pouco. Porém, dito e feito, a edição do Uma Noite na Taverna de novembro pôs esse tabu ralo abaixo. Mesmo com o trânsito ruim devido ao feriadão que iria ter na semana seguinte, o público compareceu em peso e fez valer a mística de casa cheia do evento.

O evento que teve a poesia de Fernando Pessoa e seus heterônimos recitada pelos poetas Rodrigo Santos, Romulo Narducci e Pakkatto, ainda teve a estréia da poeta Luana Vasconcellos, a música de Márcio de Castro & Banda, contação de história com Carolina Magalhães e o lançamento do livro "Angela e Antonio" de Maria Helena Lopes Latini.

O poeta Rodrigo Santos iniciou as homenagens ao bardo lusitano.




Romulo Narducci deu sequência à homenagem com as poesias ortônimas de Fernando Pessoa.



O poeta Pakkatto encerrou a homenagem com chave de ouro.




A poeta Luana Vasconcellos estreou no Uma Noite na Taverna com muita graça, demonstou carisma e talento com sua poesia autoral encantndo o público.




Carolina Magalhães apresentou uma contação de história de sua autoria.



 A escritora e poeta Maria Helena Lopes Latini foi ao público falar de sua obra recém-lançada "Angela e Antonio".




Rock and Roll de Márcio de Castro & Banda voltou à Taverna com toda a verocidade e punch que já é característica de seu trabalho. O músico e sua banda foram muito aplaudidos pelo público.





Encerrando mais Uma Noite na Taverna os poetas residentes apresentaram seus poemas autorais, a começar pelo poeta Romulo Narducci.


Em seguida foi a vez do tavernista Pakkatto mandar sua mensagem.




O bardo Rodrigo Santos encerrou proclamando a próxima edição do Uma Noite na Taverna, que será no dia 16 de dezembro, em homenagem ao poeta Manoel de Barros.




EVOÉ!
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Uma Noite na Taverna com a poesia de Fernando Pessoa

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Fernando Pessoa foi um artista inquieto, um gênio incontestável da literatura, que influencia até hoje gerações e gerações de artistas em todo o mundo. Seu nome, que de tantos heterônimos, poderia se chamar Fernando "Pessoas", é sínônimo de uma variação e criatividade poética inigualável. A força dos seus versos, a diversificação da escrita em que o poeta cria e recria os universos de vários personagens marcou na história da literatura mundial.

O evento dessa sexta-feira 11/11/11 - data com um conjunto curioso de números -, está recheado de atrações belíssimas! Além dos poetas tavernistas Rodrigo Santos, Romulo Narducci e Pakkatto recitando a obra de Fernando Pessoa (que é homenageado na Taverna pela terceira vez), teremos a poeta Luana Vasconcellos que recitará pela primeira vez no Uma Noite na Taverna. E ainda, teremos a performance poética de Carolina Magalhães, que volta esteve recitando no evento em março desse ano, agradando bastante ao público.

Mais um livro lançado em São Gonçalo terá como ponto de partida o Uma Noite na Taverna. A escritora e poeta Maria Helena Lopes Latini, traz ao público da Taverna o seu livro "Angela e Antonio", recém-lançado em Niterói, no evento Um Brinde à Poesia. A escritora irá estar assinando sua obra durante o evento, após apresentar trechos ao público e falar um pouco de seu trabalho.

Como a música já não nos brinda há algum tempo, temos dose dupla: Márcio de Castro volta à Taverna com sua banda formada por músicos de muita qualidade, com o seu rock and roll básico, direto, sem frescura, com letras bem escritas e muito punch, e o lançamento oficial do clipe "Estrelas tão Modernas", da banda Expresso Lunar (música que estará no álbum Música de Calçada, da banda). De certo, vale dizer que essa Taverna está mais do que imperdível!

BIOGRAFIA DO POETA QUE FOI MUITOS


Fernando António Nogueira Pessoa, nasceu às três horas e vinte minutos da tarde de 13 de Junho de 1888 nasce em Lisboa. O parto ocorreu no quarto andar direito do n.º 4 do Largo de São Carlos, em frente à ópera de Lisboa (Teatro de São Carlos). De famílias da pequena aristocracia, pelos lados paterno e materno, o pai, Joaquim de Seabra Pessoa (38), natural de Lisboa, era funcionário público do Ministério da Justiça e crítico musical do «Diário de Notícias». A mãe, D. Maria Magdalena Pinheiro Nogueira Pessoa (26), era natural dos Açores (mais propriamente, da Ilha Terceira). Viviam com eles a avó Dionísia, doente mental, e duas criadas velhas, Joana e Emília.


Mais conhecido como Fernando Pessoa, é considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".

Foi educado na África do Sul, para onde foi aos seis anos em virtude do casamento de sua mãe, lá Pessoa aprendeu perfeitamente o inglês, língua em que escreveu poesia e prosa desde a adolescência. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa traduziu várias obras inglesas para português e obras portuguesas (nomeadamente de António Botto e Almada Negreiros) para inglês.

Ao longo da vida trabalhou em várias firmas comerciais de Lisboa como correspondente de língua inglesa e francesa. Foi também empresário, editor, crítico literário, jornalista, comentador político, tradutor, inventor, astrólogo e publicitário, ao mesmo tempo que produzia a sua obra literária em verso e em prosa. Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterônimos, objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um "drama em gente".

As suas infância e adolescência foram marcadas por factos que o influenciariam posteriormente. Às cinco horas da manhã de 24 de Julho de 1893, o pai morreu, com 43 anos, vítima de tuberculose. A morte foi anunciada no Diário de Notícias do dia. Fernando tinha apenas cinco anos. O irmão Jorge viria a falecer no ano seguinte, sem completar um ano. A mãe vê-se obrigada a leiloar parte da mobília e muda-se para uma casa mais modesta, o terceiro andar do n.º 104 da Rua de São Marçal. Foi também neste período que surgiu o primeiro heterónimo de Fernando Pessoa, Chevalier de Pas, facto relatado pelo próprio a Adolfo Casais Monteiro, numa carta de 1935, em que fala extensamente sobre a origem dos heterónimos. Ainda no mesmo ano, escreve o primeiro poema, um verso curto com a infantil epígrafe de À Minha Querida Mamã. A mãe casa-se pela segunda vez em 1895 por procuração, na Igreja de São Mamede, em Lisboa, com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal em Durban (África do Sul), que havia conhecido um ano antes. Em África, onde passa a maior parte da juventude e recebe educação inglesa, que lhe proporcionou um profundo contacto com a literatura inglesa. Os seus primeiros textos e estudos foram em inglês. Mantém contacto com a literatura inglesa através de autores como Shakespeare, Edgar Allan Poe, John Milton, Lord Byron, John Keats, Percy Shelley, Alfred Tennyson, entre outros. O Inglês teve grande destaque na sua vida, trabalhando com o idioma quando, mais tarde, se torna correspondente comercial em Lisboa, além de o utilizar em alguns dos seus textos e traduzir trabalhos de poetas ingleses, como O Corvo e Annabel Lee de Edgar Allan Poe. Com excepção de Mensagem, os únicos livros publicados em vida são os das coletâneas dos seus poemas ingleses: Antinous e 35 Sonnets e English Poems I - II e III, editados em Lisboa, em 1918 e 1921.


Fernando Pessoa permanece em Lisboa, enquanto todos — mãe, padrasto, irmãos e criada Paciência, que viera com ele — regressam a Durban. Volta sozinho para a África no vapor Herzog. Matricula-se na Durban Commercial School, escola comercial de ensino noturno, enquanto de dia estuda as disciplinas humanísticas para entrar na universidade. Nesse período, tenta escrever contos em inglês, alguns dos quais com o pseudónimo de David Merrick, que deixa inacabados. Em 1903, candidata-se à Universidade do Cabo da Boa Esperança. Na prova de exame de admissão, não obtém boa classificação, mas tira a melhor nota entre os 899 candidatos no ensaio de estilo inglês. Recebe por isso o Queen Victoria Memorial PrizePrémio Rainha Vitória»). Um ano depois, ingressa novamente na Durban High School, onde frequenta o equivalente a um primeiro ano universitário. Aprofunda a sua cultura, lendo clássicos ingleses e latinos. Escreve poesia e prosa em inglês, surgindo os heterónimos Charles Robert Anon e H. M. F. Lecher. Nasce a sua irmã Maria Clara. Publica no jornal do liceu um ensaio crítico intitulado Macaulay. Por fim, encerra os seus bem sucedidos estudos na África do Sul com o «Intermediate Examination in Arts», na Universidade, obtendo uma boa classificação.

Deixando a família em Durban, regressa definitivamente à capital portuguesa, sozinho, em 1905. Passa a viver com a avó Dionísia e as duas tias na Rua da Bela Vista, n.º 17. A mãe e o padrasto regressam também a Lisboa, durante um período de férias de um ano em que Pessoa volta a morar com eles. Continua a produção de poemas em inglês e, em 1906, matricula-se no Curso Superior de Letras (actual Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), que abandona sem sequer completar o primeiro ano. É nesta época que entra em contato com importantes escritores portugueses. Interessa-se pela obra de Cesário Verde e pelos sermões do Padre António Vieira.


Em Agosto de 1907, morre a sua avó Dionísia, deixando-lhe uma pequena herança, com a qual monta uma pequena tipografia, na Rua da Conceição da Glória, 38-4.º, sob o nome de «Empreza Ibis — Typographica e Editora — Officinas a Vapor», que rapidamente faliu. A partir de 1908, dedica-se à tradução de correspondência comercial, uma actividade a que poderíamos dar o nome de "correspondente estrangeiro". Nessa profissão trabalha a vida toda, tendo uma modesta vida pública.

Inicia a sua atividade de ensaísta e crítico literário com o artigo «A Nova Poesia Portuguesa Sociologicamente Considerada», a que se seguiriam «Reincidindo…» e «A Nova Poesia Portuguesa no Seu Aspecto Psicológico» publicados em 1912 pela revista A Águia, órgão da Renascença Portuguesa. Frequenta a tertúlia literária que se formou em torno do seu tio adoptivo, o poeta, general aposentado Henrique Rosa, no Café A Brasileira, no Largo do Chiado em Lisboa. Mais tarde, já nos anos vinte, o seu café preferido seria o Martinho da Arcada, na Praça do Comércio, onde escrevia e se encontrava com amigos e escritores.

Em 1915 participou na revista literária Orpheu, a qual lançou o movimento modernista em Portugal, causando algum escândalo e muita controvérsia. Esta revista publicou apenas dois números, nos quais Pessoa publicou em seu nome, bem como com o heterónimo Álvaro de Campos. No segundo número da Orpheu, Pessoa assume a direcção da revista, juntamente com Mário de Sá-Carneiro.
Em Outubro de 1924, juntamente com o artista plástico Ruy Vaz, Fernando Pessoa lançou a revista Athena, na qual fixou o «drama em gente» dos seus heterônimos, publicando poesias de Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, bem como do ortônimo Fernando Pessoa.

ÁLVARO DE CAMPOS - Entre todos os heterônimos, Campos foi o único a manifestar fases poéticas diferentes ao longo da sua obra. Era um engenheiro de educação inglesa e origem portuguesa, mas sempre com a sensação de ser um estrangeiro em qualquer parte do mundo. Começa a sua trajetória como um decadentista (influenciado pelo simbolismo), mas logo adere ao futurismo. Após uma série de desilusões com a existência, assume uma veia niilista, expressa naquele que é considerado um dos poemas mais conhecidos e influentes da língua portuguesa, Tabacaria. É revoltado e crítico e faz a apologia da velocidade e da vida moderna, com uma linguagem livre, radical.

RICARDO REIS - O heterônimo Ricardo Reis é descrito como um médico que se definia como latinista e monárquico. De certa maneira, simboliza a herança clássica na literatura ocidental, expressa na simetria, na harmonia e num certo bucolismo, com elementos epicuristas e estóicos. O fim inexorável de todos os seres vivos é uma constante na sua obra, clássica, depurada e disciplinada. Faz uso da mitologia não-cristã.
Segundo Pessoa, Reis mudou-se para o Brasil em protesto à proclamação da República em Portugal e não se sabe o ano da sua morte. Em O ano da morte de Ricardo Reis, José Saramago continua, numa perspectiva pessoal, o universo deste heterônimo após a morte de Fernando Pessoa, cujo fantasma estabelece um diálogo com o seu heterônimo, sobrevivente ao criador.

ALBERTO CAEIRO - Por sua vez, Caeiro, nascido em Lisboa, teria vivido quase toda a vida como camponês, quase sem estudos formais. Teve apenas a instrução primária, mas é considerado o mestre entre os heterônimos (pelo ortônimo). Após a morte do pai e da mãe, permaneceu em casa com uma tia-avó, vivendo de modestos rendimentos. Morreu de tuberculose. Também é conhecido como o poeta-filósofo, mas rejeitava este título e pregava uma "não-filosofia". Acreditava que os seres simplesmente são, e nada mais: irritava-se com a metafísica e qualquer tipo de simbologia para a vida.
Nos escritos pessoanos que versam sobre a caracterização dos heterônimos, Pessoa, dito "ele mesmo", assim como a Álvaro de Campos, Ricardo Reis e o meio-heterônimo Bernardo Soares, conferem a Alberto Caeiro um papel quase místico enquanto poeta e pensador. Reis e Soares chegam a compará-lo ao deus , e Pessoa esboça-lhe um horóscopo no qual lhe atribui o signo de leão, associado ao elemento fogo. A relevância destas alusões se esclarece na explicação de Fernando Pessoa sobre o papel de Caeiro no escopo da heteronímia. Dos principais heterônimos de Fernando Pessoa, Caeiro foi o único a não escrever em prosa. Alegava que somente a poesia seria capaz de dar conta da realidade. Possuía uma linguagem estética direta, concreta e simples mas, ainda assim, bastante complexa do ponto de vista reflexivo. O seu ideário resume-se no verso "Há metafísica bastante em não pensar em nada". A sua obra está agrupada na coletânea Poemas Completos de Alberto Caeiro.

OBRA ORTÔNIMA - A obra ortônima de Pessoa passou por diferentes fases, mas envolve basicamente a procura de um certo patriotismo perdido, através de uma atitude sebastianista reinventada. O ortônimo foi profundamente influenciado, em vários momentos, por doutrinas religiosas (como a teosofia) e sociedades secretas (como a Maçonaria). A poesia resultante tem um certo ar mítico, heróico (quase épico, mas não na acepção original do termo) e por vezes trágico. Pessoa é um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. Uma explicação para a criação dos três principais heterônimos e o semi-heterônimo Bernardo Soares, reside nas várias formas que tinha de olhar o mundo, apoiando-se no racionalismo e pensamento oriental.
Fernando Pessoa foi marcado também pela poesia musical e subjectiva, voltada essencialmente para a metalinguagem e os temas relativos a Portugal, como o sebastianismo presente na principal obra de "Pessoa ele-mesmo", Mensagem, uma coletânea de poemas sobre as grandes personagens históricos portugueses. Publicado em 1934, apenas um ano antes da morte do autor, este foi o único livro de Fernando Pessoa em Língua Portuguesa editado em vida.

FERNANDO PESSOA E O OCULTISMO
Aleister Crowley e Fernando Pessoa jogando Xadrez

Fernando Pessoa interessava-se pelo ocultismo e pelo misticismo, com destaque para a Maçonaria e a Rosa-Cruz (embora não se lhe conheça qualquer filiação concreta em Loja ou Fraternidade dessas escolas de pensamento), havendo inclusive defendido publicamente as organizações iniciáticas no Diário de Lisboa (4 de Fevereiro de 1935), contra ataques por parte da ditadura do Estado Novo. O seu poema hermético mais conhecido e apreciado entre os estudantes de esoterismo intitula-se "No Túmulo de Christian Rosenkreutz". Tinha o hábito de fazer consultas astrológicas para si mesmo (de acordo com a sua certidão de nascimento, nasceu às 15h20, tinha ascendente Escorpião e o Sol em Gémeos).[6] Realizou mais de mil horóscopos.
Apreciava também o trabalho do famoso ocultista Aleister Crowley, tendo inclusive traduzido o poema Hino a Pã. Certa vez, lendo uma publicação inglesa de Crowley, encontrou erros no horóscopo e escreveu-lhe para o corrigir. Os seus conhecimentos de astrologia impressionaram Crowley e, como este gostava de viagens, foi a Portugal conhecer o poeta. Acompanhou-o a maga alemã Miss Hanni Larissa Jaeger. O encontro entre Pessoa e Crowley ocorreu com algum sensacionalismo, dado o Poeta Inglês ter simulado o seu suicídio na Boca do Inferno, o que atraiu a polícia e a atenção dos imprensa da época. Pessoa estaria dentro da encenação, tendo combinado com Crowley a notificação dos jornais e a redação de um "romance policial" cujos direitos reverteriam a favor dos dois poetas. Apesar de ter escrito várias dezenas de páginas, essa obra de ficção nunca foi concretizada.

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Pessoa foi internado no dia 29 de Novembro de 1935, no Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, com diagnóstico de "cólica hepática" causada por cálculo biliar associado a cirrose hepática, diagnóstico que é hoje contestado por estudos médicos, embora o excessivo consumo de álcool ao longo da sua vida seja consensualmente considerado como um importante factor causal. Segundo um desses estudos, Pessoa não revelava alguns dos sintomas mais típicos de cirrose hepática, tendo provavelmente sido vítima de uma pancreatite aguda. Morreu no dia 30 de Novembro, com 47 anos de idade. Sua última frase foi escrita na cama do hospital, em inglês, com a data de 29 de Novembro de 1935: "I know not what tomorrow will bring" ("Não sei o que o amanhã trará").
Fernando Pessoa em flagrante delitro: dedicatória na fotografia que ofereceu à namorada Ophélia Queiroz em 1929.
Matéria colhida do Wikipédia. Organização e pesquisa: Romulo Narducci.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Os Tavernistas na Semana de Letras na UERJ/FFP em São Gonçalo

No dia 19 de outubro passado, os poetas Rodrigo Santos, Romulo Narducci, Pakkatto, Hannar Lorien, Janaína da Cunha e Maycon Luiz Kopke, estiveram representando o tavernismo e o evento Uma Noite na Taverna na Semana de Letras da UERJ, que no mesmo dia, mais cedo, ainda teve a palestra do Professor Evanildo Bechara.

Os alunos assistiram às homenagens ao poeta Vinícius de Moraes, que complataria 98 anos naquela data, além de outros poetas consagrados e dos poemas autorais de cada tavernista.



Rodrigo Santos

Romulo Narducci


Pakkatto
 



Hannar Lorien

Janaína da Cunha


Maycon Luiz Kopke


Agradecimentos ao CALET - FFP (Gestão Cara Limpa), em especial à Taísa Gama pelo convite.
Evoé!.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Evento: A poesia de Dante no Uma Noite na Taverna para um grande público presente!

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Uma média de 100 pessoas, ou mais, compareceram à última edição do Uma Noite na Taverna em que a poesia de Dante Alighieri foi homenageada. Um evento belíssimo que deixou um clima tenso no ar por conta das performances dos artistas residentes e convidados. A poesia de Dante teve o seu auge na declamação dos poetas residentes Rodrigo Santos, Romulo Narducci e Pakkatto, uma apresentação teatral de uma leitura contemporânea da Divina Comédia com a Cia Oficina Social de Teatro, além de uma exposição projetada das obras de Bouregueau, Doré, Delacriox, Michelino e Blake. Sem falar que a abertura do evento com um vídeo com as ilustrações de Gustave Doré da Divina Comédia, com intercessões de imagens que abalaram o mundo ao som de Carmina Burana, Joy Division e Cavalgada das Valquírias foi de tirar o fôlego.


Os poetas residentes deram início ao recital lendo trechos da Divina Comédia e alguns sonetos de Dante.








O evento teve seguimento com a poesia do estreante Maycon Luiz Kopke, que mostrou uma poesia bem escrita com influências do romantismo. O poeta deu muito bem o seu recado em sua primeira apresentação na Taverna.



Bruna Jardim, nossa prata da casa - podemos dizer assim -, é uma poeta que cresceu junto com o tavernismo, pois recitou no Uma Noite na Taverna no segundo ano do evento, quando ainda era adolescente. A poesia de Bruna Jardim é a pura síntese do tavernismo, influências de poetas do mal do século, porém com a visão da experiência já consolidada, do que já fora consumido, longe do platônico desejo não realizado cantado pelos poetas românticos.




Chegava a hora do horripilante Mensageiro Obscuro no papel do Fantasma! Sua poesia com influências Ultra-românticas e sua performance deram um brilho especial ao evento.





Era a vez do teatro! A Cia Oficina Social de Teatro encenou uma esquete teatral que era uma "Leitura Contemporânea da Divina Comédia".






Após a esquete teatral os poetas Rodrigo Santos, Romulo Narducci e Pakkatto encerraram o evento com seus poemas autorais. Destaque para a performance de Rodrigo Santos que recitou um poema caracterizado de Exu.






Fotos: Eduardo H. Martins.


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